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Rua 31 de Janeiro, 16 | 4490-533 Póvoa de Varzim
VISITA À IGREJA MATRIZ DA PÓVOA DE VARZIM
Visita guiada com a convidada Deolinda Carneiro.
VISITA À IGREJA MATRIZ DA PÓVOA DE VARZIM
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A Cooperativa Filantrópica iniciou uma nova rubrica – “Igrejas da Póvoa: testemunhos de uma religiosidade” – este domingo, 9 de fevereiro, com a visita à Igreja Matriz. Acompanhado pela Dr.ª Deolinda Carneiro, o grupo teve oportunidade de conhecer a história do edifício, visitar o espaço aberto ao culto mas também as dependências de acesso condicionado onde foi possível apreciar peças de escultura, pintura, paramentaria, mobiliário e fotografias. No coração do bairro antigo, junto à antiga praça do mercado e aos primitivos Paços do Concelho, levantou-se, entre 1743 e 1757, a nova Igreja Matriz, uma construção espaçosa e de grande monumentalidade, imposta pelo crescimento populacional da povoação. A imponente volumetria do edifício traduz um vasto espaço interior de nave única coberto por abóbadas de berço, com transepto pouco saliente e ampla capela-mor, animado pela presença de majestosos retábulos embutidos em arcos abertos na espessura das paredes, cuja decoração, já de sentido rococó, foi trazida pelo risco de André Soares, entalhe de Matias de Lis de Miranda e douramento de José da Mota Manso. Os visitantes tiveram conhecimento das diversas invocações presentes na igreja e ficaram deslumbrados com a riqueza da talha e com a magnífica tribuna do retábulo-mor, que habitualmente se encontra tapada.

Já no exterior, o grupo recebeu uma cuidada explicação sobre as portas de bronze, obra do escultor Rui Anahory para assinalar os 250 anos da inauguração da igreja. Na grandiosa fachada barroca, destaca-se o eixo de axialidade composto pelo portal, flanqueado por pilastras e sobrepujado por entablamento encimado por um frontão de enrolamento ao centro que se interrompe para receber as armas reais e a imagem de N.ª S.ª da Conceição (padroeira da povoação). As torres sineiras, pela sua imponência, verticalidade e desenho cuidado, contribuem de forma vincada para a monumentalidade desta frontaria. O projeto da igreja é da autoria do mestre pedreiro/arquiteto bracarense Manuel Fernandes da Silva, autor de diversas obras em Braga e noutras localidades do Minho, e resultou numa “obra de vulto”, expressão máxima do gosto barroco do arquiteto. Foi uma excelente iniciativa que proporcionou aos visitantes enriquecer os seus conhecimentos sobre a história e o património artístico e religioso local.

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