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Exposição de Arte Contemporânea: "As nossas expressões são obras de arte" de Carlos Nascimento
Exposição de Arte Contemporânea: “As nossas expressões são obras de arte” de Carlos Nascimento
I

Inauguração: 4 de janeiro a 28 de fevereiro de 2025.

Segunda a Sexta, 15h às 19h.

Entrada livre.

O retrato é um tema que tem vindo ao longo da história da humanidade a ser explorado e trabalhado. Durante séculos fomos aperfeiçoando as múltiplas técnicas de representação bidimensional, procurando imitar a realidade, porém nem todos tínhamos direito a esse registo, pois ficou guardado somente para os mais abastados ou poderosos, pessoas que tinham capacidade de pagar a um autor o seu trabalho, ganhando com esse investimento um bilhete para a imortalidade da sua imagem, que consoante a pessoa versada e o autor, era tratada e filtrada de modo a passar uma mensagem por vezes manipulada e carregada de simbolismo, abrindo espaço aos autores mais criativos, talentosos e controversos de trabalhar os valores por detrás dos objetos e das posições com que retratava as pessoas representadas nas suas obras. Hoje dedicamos muito tempo das nossas leituras a decifrar e a imaginar o que eram essas pessoas, mas também o imaginário e a verdade por detrás da mente dos seus autores.

No final do século XIX com o aparecimento da fotografia e a ascensão dos regimes republicanos, a arte do retrato foi-se abrindo ao resto da população, na tentativa de criar uma imagem da comunidade valorizando o cidadão, até então secundarizado.

Com a ascensão das ciências sociais e humanas, pós Zaratrusta e consequência da primeira grande guerra, o retrato ganhou novas dimensões e o realismo técnico é secundarizado ganhando destaque a condição psicológica, interior, o sofrimento e as contradições da condição humana.

Hoje o retrato não é somente um espelho de quem somos, mas também daquilo que os outros vêm a partir de nós, e essa é uma dimensão que Carlos Nascimento explora no seu trabalho, que nesta exposição reunimos e temos o prazer de vos apresentar na nossa Galeria de Artes e Letras da Filantrópica. Estão todos convidados para olhar para os retratados nas suas telas, olhar por detrás dos espelhos e procurar uma reflexão interior sobre cada imagem, pois acreditamos que a arte é o caminho mais direto para descobrirmos o pano que cobre a razão e encontrarmos uma reflexão acerca de nós e daquilo que nos rodeia ou tal como refere Pablo Picasso, “A arte é a mentira que nos permite conhecer a verdade”.

Armando Castro Bento

Esta exposição é a conclusão de um trabalho de vários anos sobre as expressões faciais da humanidade como obras de arte.

Todos nós sorrimos e entristecemos, todos nós humanos exprimimo-nos facilmente com distintas expressões diariamente e cada uma das nossas expressões é única, tão única e táo fiel como as nossas impressões digitais.

Nestas 30 obras que apresento são 30 expressões de várias pessoas que cederam a sua imagem para que a expressão de cada uma reflita através da tela envolta de uma conjugação de formas e movimentos cromáticos expressionista/ abstrato um ou vários sentimentos.

Em cada tela está um espelho que representa a tua expressão quando observas a obra e te vês nele, e aí possas sentir a tua expressão como obra de arte.

Esta é também uma forma de interagir em cada quadro através das nossas expressões do momento.

Quando nos observamos em cada espelho estamos também a dar vida necessária à obra para que cada quadro seja a nossa expressão em movimento.

A expressão humana é sem dúvida uma obra de arte, e única em cada um de nós, sempre carregada de sentimentos e moções associadas a muitas expressos que fazemos todos os dias.

Sendo o ser humano património da humanidade, as expressões de cada um de nós serão também património como obra de arte da humanidade.

Em cada tela uma expressão, em cada expressão uma obra de arte.

Carlos Nascimento

Biografia do Autor

Artista plástico / poeta e pensador, viveu em Póvoa de Varzim, Vila do Conde, Vila Nova de Cerveira, França e Espanha.
Reside em Cascais e no Alentejo.
Estudou pintura e escultura na Escola Artística do Porto.
Trabalhou em Madrid com o pintor espanhol mestre José Freixanes.
Escreveu textos para vários músicos compositores / interpretes de músicas portuguesas, José Cid e outros.

Expôs individual e coletivamente em mais de 80 exposições e bienais de arte em Portugal e Espanha.
Organizou diversas exposições coletivas temáticas em Portugal e Espanha.
É autor de cartazes, catálogos e ilustrações.
Está representado em várias organizações hoteleiras em Portugal e Espanha e, ainda, em coleções de arte pública e privadas na Europa, América do Norte, América do Sul e Canadá.

Em 1985 editou o seu primeiro livro intitulado “Ego” com Edição de autor, em dezembro de 2017 um livro, de poesia e arte, “Apenas uma Mão”, em 2019 “CAMINHOS DE SOMBRA”, em 2023 “O COMBOIO A VAPOR” com prefácio do escritor e comunicador Luís Osório, todos editados pela editora Edições Esgotadas onde é autor.

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